sábado, 31 de maio de 2014

EVANGELHO DO DIA 01 DE JUNHO

      

Ascensão 2014: Subiu ao Céu

Com a festa da ASCENSÃO, queremos celebrar:
- O Final da Missão terrena de Cristo,
- O Início da Missão salvadora da Igreja.

As Leituras lembram o FATO, embora narrados
com pormenores diferentes e até contraditórios.

Na 1ª Leitura, Lucas, após uma introdução aos Atos dos apóstolos,
descreve a Despedida de Jesus em JERUSALÉM.
Sublinha a Vinda do Espírito Santo e o Testemunho
que os discípulos deverão dar "até os confins da terra". (At 1,1-11)

Na 2ª leitura, Paulo vê na Ascensão a glorificação de Cristo e
o anúncio do retorno de toda a humanidade para Deus. (Ef 1,17-23)

O Evangelho narra a Aparição Pascal de Jesus na GALILÉIA.
Refere a Apresentação de Jesus: "Todo PODER me foi dado...;
A Missão: "IDE e fazei discípulos meus todos os povos;
A Promessa: "ESTAREI CONVOSCO até o fim dos tempos..."  (Mt 28,16-20)

* A Igreja de Cristo é, essencialmente, uma Comunidade MISSIONÁRIA,
cuja missão é testemunhar no mundo a proposta de salvação e de libertação
que Jesus veio trazer aos homens e deixou nas mãos e no coração dos discípulos.

- Essa MISSÃO tem duas características:
    . É universal: destinada a "todas as nações".
    . A Iniciação cristã tem duas fases: O Ensino e o Batismo.
       Começava-se pela Catequese: as palavras e os gestos de Jesus.
       Depois vinha o Batismo, que selava a vinculação do discípulo
       com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
- Jesus garante que está sempre com os discípulos "até ao fim dos tempos".

+ Os detalhes da narrativa

   Não devem ser tomados ao pé da letra; são mais simbólicos.
- Os 40 dias expressam o "tempo de aprendizagem"
   necessário para um discípulo aprender e repetir as lições do mestre;
- A elevação ao céu expressa a exaltação total de Jesus;
- A nuvem é um sinal que esconde e manifesta a presença de Deus;
- Os dois homens vestidos de branco indicam que o testemunho vem de Deus;
- Os discípulos olhando para o céu lembram a expectativa da comunidade
  que esperava a segunda vinda de Cristo.

+ Contradições: quando? (logo após a ressurreição ou 40 dias depois);
   onde? (em Jerusalém ou na Galiléia).

+ Ressurreição, Ascensão, Pentecostes: 3 Momentos distintos?
   ou momentos catequéticos de um único Mistério de fé: a Páscoa do Senhor:

   - Na Ressurreição: A Liturgia destaca sua VITÓRIA sobre a morte...
   - Na Ascensão: Sua EXALTAÇÃO como Senhor do céu e da terra,
     e a entrega de sua missão à comunidade eclesial, através dos apóstolos...
   - No Pentecostes: A Ação do ESPÍRITO SANTO na Igreja,
      que começa a sua atividade missionária de novo Povo de Deus...

* A ASCENSÃO não é uma narrativa histórica,
   mas uma encenação literária da exaltação de Jesus...
   com muitas semelhanças da subida de Elias ao céu no carro de fogo...

Sentido da festa:

1. A Ascensão de Cristo reforça a ESPERANÇA de nossa Ascensão.
    um futuro inigualável nos aguarda...
    "Ele 'subiu' para dar-nos a esperança de que um dia
     iremos ao seu encontro, onde ele nos precedeu..." (Prefácio)                       
    
2. A Ascensão nos lembra que somos ENVIADOS de Cristo
    para continuar e completar a sua obra...
    Não podemos ficar parados, olhando para o céu...
    Devemos ser discípulos e fazer discípulos para o Reino...                             
    E Cristo nos garante:
    "Estarei convosco todos os dias, até ao fim dos tempos mundo..."

3. Mas esse trabalho não dependerá apenas de nossas forças...
    Por isso os envia a Jerusalém
   "para aguardar o Espírito Santo, reunidos em oração,
    com Maria, mãe de Jesus".

    * Como Maria e os apóstolos reunidos no cenáculo,
    devemos REZAR e invocar o Espírito Santo.
    Cristo já tinha afirmado: "Sem mim nada podeis fazer..."

    Por isso, a igreja não começa com a Ação... mas com a Oração,
    com Maria, Mãe de Jesus (e da Igreja)...

+ Cristo PARTE, mas PERMANECE na COMUNIDADE.
   A Ascensão de Cristo ao céu não é o fim de sua presença entre os homens,
   mas o começo de uma nova forma de estar no mundo.
   Sua presença acompanha com sinais a nossa Missão evangelizadora.
   Deus está presente e nos envia como seus apóstolos,
   para que Cristo seja conhecido e amado por todos os homens.

+ No 48º Dia mundial das Comunicações Sociais, que hoje celebramos,
com o lema "Comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro"
o Papa Francisco nos lembra, em sua mensagem, a importância dos meios
de comunicação para levar o Evangelho até os confins da terra. 
"Podem ajudar a sentir-nos mais próximos uns dos outros
e renovar a unidade da família humana..."      
      

                                          Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 01.06.2014

PALAVRA DO PAPA HOJE DIA 31 DE MAIO

Desempenhar o papel de sacerdote não é uma profissão O Papa aos seminaristas cubanos

2014-05-31 L’Osservatore Romano
A do sacerdote não é uma «profissão» mas uma «tarefa emocionante», que consiste «em levar Cristo no próprio coração para o poder oferecer, sem reservas, uns aos outros, em particular a quantos dele têm mais necessidade»: foi quanto escreveu o Papa Francisco, respondendo a um grupo de seminaristas cubanos que nas últimas semanas tinham dirigido ao Pontífice uma carta para testemunhar a proximidade e o afecto ao bispo de Roma e compartilhar com ele o sentido do seu caminho formativo.
«Agradeço-vos muito pela carta que me enviastes tornando-me partícipe do desejo de fortalecer a chamada de Deus para ser bons sacerdotes ao serviço do santo povo de Cuba», escreveu o Papa Francisco, que convidou os seminaristas – trata-se de um grupo de doze jovens de diversas dioceses que estudam no seminário diocesano São Basílio Magno de Santiago de Cuba – a fazer «tudo com alegria, tenacidade, humildade» para se prepararem com convicção para uma «tarefa emocionante que vale a pena viver toda a vida».
No texto pontifício – escrito no mês de Abril, mas divulgado agora pelo site em rede do episcopado cubano – os seminaristas são exortados a «seguir fielmente as orientações dos formadores. Eles conhecem muito bem a importância decisiva que tem para um seminarista uma vida espiritual intensa e constante; uma preparação intelectual séria, uma experiência comunitária e fraterna assim como a actividade apostólica.

AVISOS PAROQUIAIS DE 02 A 08 DE JUNHO


MISSA DAS BENÇÃOS -> Venha participar da missa das bênçãos todas as quartas feiras às 19 horas aqui na Igreja dos Frades.  Nesta missa temos muitas bênçãos como por exemplo ao enfermos, aos objetos de devoção, benção da água e sempre uma benção especial escolhida pelo celebrante. Participe!

MISSAS EM PREPARAÇÃO A PENTENCOSTES ->  Queremos convidar você e sua família para as missas em preparação a Pentecostes que vão acontecer de segunda feira a noite até sábado próximo de manhã. Em cada missa iremos celebrar um dos dons .

FESTA JUNINA NO SEMINÁRIO SERÁFICO -> Convidamos você e sua família para mais uma festa junina no Seminário São Fidelis no próximo sábado a partir das 17 horas. Evento da comunidade São Francisco. Entrada Franca.

FESTA DOS 70 ANOS DA DIOCESE -> A Diocese de Piracicaba convida todos os paroquianos para a festa em comemoração aos 70 anos de diocese. A festa vai acontecer no dia 7 de junho a partir do meio dia com fogos, consagração a Nossa Senhora, apresentação de várias bandas e missa campal às 16 horas. A nossa paróquia não vai contratar ônibus para esse evento. Participe!


CURSO DE BATISMO ->  Estão abertas inscrições para o curso de batismo. Maiores informações na secretaria paroquial. 

EVANGELHO DE 31 DE MAIO

Dia Litúrgico: 31 de Maio: A Visitação da Virgem
Evangelho (Lc 1,39-56): Naqueles dias, Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!».

Maria então disse: «A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre». Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa.
Comentário: Mons. F. Xavier CIURANETA i Aymí Bispo Emérito de Lleida (Lleida, Espanha)
O menino pulou de alegria no meu ventre
Hoje contemplamos o fato da Visitação da Virgem Maria a sua prima Isabel. Tão rapidamente como lhe foi comunicado que tinha sido escolhida por Deus Pai para ser Mãe do Filho de Deus e que sua prima Isabel tinha recebido também o dom da maternidade, caminha decididamente até a montanha para cumprimentar sua prima, para compartilhar com ela o gozo de terem sido agraciadas com o dom da maternidade e para servi-la.

A saudação da Mãe de Deus provoca que o menino, que Isabel leva no seu ventre, pule de entusiasmo dentro das entranhas de sua mãe. A Mãe de Deus, que leva Jesus no seu ventre é causa de alegria. A maternidade é um dom que gera alegria. As famílias alegram-se quando há um anúncio de uma nova vida. O nascimento de Cristo produz certamente «uma grande alegria» (Lc 2,10).

Apesar de tudo, hoje em dia, a maternidade não é devidamente valorizada. Freqüentemente colocam-se em primeiro lugar outros interesses superficiais, que são manifestação de comodidade e de egoísmo. As possíveis renúncias que comporta o amor paternal e maternal, assustam a muitos matrimônios que, talvez pelos meios que receberam de Deus, devessem ser mais generosos e dizer “sim” mais responsavelmente a novas vidas. Muitas famílias deixam de ser “santuários da vida”. O Papa João Paulo II constata que a contracepção e o aborto “têm as suas raízes numa mentalidade hedonista e irresponsável a respeito da sexualidade e pressupõem uma concepção egoísta da liberdade, que vê na procriação um obstáculo ao desenvolvimento da própria personalidade».

Isabel, durante cinco meses, não saía de casa, e pensava: «Isto é o que o Senhor fez por mim» (Lc 1,25). E Maria dizia: «A minha alma glorifica o Senhor (…) porque pôs os olhos na humildade da sua serva» (Lc 1,46.48). A Virgem Maria e Isabel valorizam e agradecem a obra de Deus nelas: a maternidade! É necessário que os católicos reencontrem o significado da vida como um dom sagrado de Deus aos seres humanos.

DOCUMENTO 104

1.6. O novo modo de ser pastor

21. Jesus se apresentava como o Bom Pastor (cf. Jo 10,11).
Com bondade e ternura, ele acolhia o povo, sobretudo os
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Comunidade de Comunidades: Uma nova Paróquia
pobres (cf. Mc 6,34; Mt 11,28- 29). Seu agir revela um novo
jeito de cuidar das pessoas.
22. Jesus recupe ra a dimensão caseira da fé. O ambiente da
casa exerce um papel central na atividade de Jesus. Não
se trata só da casa de tijolos nem só da família, mas, sobretudo,
da comunidade. Durante os três anos em que
andou pela Galileia, ele visitou as pessoas. Entrou na casa
de Pedro (cf. Mt 8,14), de Mateus (cf. Mt 9,10), de Zaqueu
(cf. Lc 19,5), entre outros. O povo procurava Jesus na sua
casa (cf. Mt 9,28; Mc 1,33). Quando ia a Jerusalém, Jesus
parava em Betânia, na casa de Marta, Maria e Lázaro
(cf. Jo 11,3). Ao enviar os discípulos, deu- lhes a missão de
entrar nas casas do povo e levar a paz (cf. Mt 10,12- 14).
23. Jesus transmite a Boa- Nova: nas sinagogas aos sábados
(cf. Mc 1,21); em reuniões informais na casa de amigos
(cf. Mc 2,1.15); andando pelo caminho com os discípulos
(cf. Mc 2,23); e sentado num barco (cf. Mc 4,1). Ele vai ao encontro
das pessoas, estabelecendo com elas uma relação direta
através da prática do acolhimento. Jesus propõe um caminho
de vida: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados
e carregados de fardos, e eu vos darei descanso” (Mt 11,28).
24. Jesus tem um cuidado especial para com os doentes (cf. Mc
1,32). A doença era considerada um castigo divino. Por isso,
os doentes eram afastados do convívio social, vivendo de esmola.
Jesus tem um novo olhar sobre eles. Toca- os para curálos
tanto da lepra como da exclusão. Jesus assumiu conscientemente
uma marginalização social, por ter tocado o leproso,
a ponto de já não poder entrar nas cidades (cf. Mc 1,45).
25. Jesus anuncia o Reino para todos. Não exclui ninguém.
Oferece um lugar aos que não tinham lugar na convivência
humana. Recebe como irmão e irmã os que a religião e a
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Comunidade de Comunidades: Uma nova Paróquia
sociedade despre zavam e excluíam: prostitutas e pecadores
(cf. Mt 21,31- 32); pagãos e samaritanos (cf. Lc 7,2- 10);
leprosos e possessos (cf. Mt 8,2- 4); mulheres, crianças e doentes
(cf. Mc 1,32); publicanos e soldados (cf. Lc 18,9- 14);
e muitos pobres (cf. Mt 5,3).
26. Jesus supera as barreiras de sexo, de religião, de etnia e
de classe. Ele não se fecha dentro da sua própria cultura,
mas sabe reconhecer as coisas boas que existem em todas
as pessoas.

Evangelii Gaudium

75. Não podemos ignorar que, nas cidades, facilmente se desenvolve o tráfico de drogas e de
pessoas, o abuso e a exploração de menores, o abandono de idosos e doentes, várias formas de
corrupção e crime. Ao mesmo tempo, o que poderia ser um precioso espaço de encontro e solidariedade,
transforma-se muitas vezes num lugar de retraimento e desconfiança mútua. As casas
e os bairros constroem-se mais para isolar e proteger do que para unir e integrar. A proclamação
do Evangelho será uma base para restabelecer a dignidade da vida humana nestes contextos,
porque Jesus quer derramar nas cidades vida em abundância (cf. Jo 10, 10). O sentido unitário e
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completo da vida humana proposto pelo Evangelho é o melhor remédio para os males urbanos,
embora devamos reparar que um programa e um estilo uniformes e rígidos de evangelização não
são adequados para esta realidade. Mas viver a fundo a realidade humana e inserir-se no coração
dos desafios como fermento de testemunho, em qualquer cultura, em qualquer cidade, melhora
o cristão e fecunda a cidade.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA


IMAGENS GOOGLE


FOI MUITO BONITO  !

AS CRIANÇAS FORAM BRILHANTES  
PARABÉNS  PARA TODOS QUE PREPARARAM A COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA NA NOSSA PARÓQUIA. ESTAREMOS PUBLICANDO FOTOS E FALANDO SOBRE O EVENTO . AGUARDEM!

PALAVRA DO PAPA HOJE DIA 20 DE MAIO

Missa em Santa Marta Da tristeza à alegria

2014-05-30 L’Osservatore Romano
«Não ter medo», sobretudo nos momentos difíceis: eis a mensagem que o Papa Francisco repropôs na missa celebrada na manhã de 30 de Maio na capela da Casa de Santa Marta. Uma mensagem de esperança que impele a ser corajosos e a ter «a paz na alma» precisamente nas provações – na doença, na perseguição, nos problemas de todos os dias em família – certos de que viveremos a alegria verdadeira, porque «depois da escuridão chega sempre o sol».
Nesta perspectiva o Pontífice indicou imediatamente o testemunho de são Paulo – um homem «muito corajoso» – apresentado nos Actos dos apóstolos (18, 9-18). Paulo, explicou, «fez tantas coisas porque possuía a força do Senhor, a sua vocação para levar adiante a Igreja, para anunciar o Evangelho». E no entanto, parece que algumas vezes sentiu temor. A ponto que o Senhor uma noite, numa visão, o convidou expressamente a «não ter medo».
Portanto, também são Paulo «conhecia o que acontece a todos nós na vida», isto é, «sentir um pouco de medo». Um temor que nos leva até a rever a nossa existência cristã, questionando-nos talvez se, no meio de tantos problemas, no fundo «não seria melhor abaixar o nível» para não «ser muito cristão», procurando «um compromisso com o mundo» de maneira que «as situações não sejam tão difíceis».
«Pensemos – frisou o bispo de Roma – naqueles espectáculos do Coliseu, por exemplo, com os primeiros mártires» que foram levados à morte «enquanto o público se divertia», dizendo: «Estes tolos que acreditam no Ressuscitado agora que acabem assim!». Para muitas pessoas o martírio dos cristãos «era uma festa: assistir ao modo como morriam!». Portanto, aconteceu exactamente o que Jesus disse aos discípulos: «o mundo alegrar-se-á» quando «vós estiverdes tristes».
Há, pois, «o medo do cristão, a tristeza do cristão». De resto, explicou o Papa, «nós devemos dizer-nos a verdade: nem toda a vida cristã é uma festa. Nem toda! Chora-se, muitas vezes chora-se!».
Há também «outra tristeza», acrescentou o Papa Francisco: «aquela que chega a todos nós quando vamos por um caminho que não é bom». Ou quando «compramos a alegria – a alegria do mundo – a do pecado». Com o resultado de que no final «existe um vazio dentro de nós, vem a tristeza». É precisamente «a tristeza da alegria negativa».
Nestes dias, observou o Pontífice, a Igreja celebra na liturgia o momento em que «o Senhor foi embora e deixou os discípulos sozinhos». Naquele momento «talvez alguns deles sentiram medo». Mas em todos «havia a esperança, a esperança de que aquele medo, aquela tristeza se transformaria em alegria». E «para que compreendamos bem que isto é verdadeiro, o Senhor faz o exemplo da mulher que dá à luz», explicando: «É verdade que no parto a mulher sofre muito, mas depois quando tem a criança consigo se esquece» de toda dor. E «o que permanece é a alegria», a alegria «de Jesus: purificada no fogo das provações, das perseguições, de tudo o que se deve fazer para ser fiel».
Eis então «a mensagem da Igreja hoje: não ter medo», ser «corajosos no sofrimento e pensar que depois o Senhor vem, vem a alegria, após a escuridão chega o sol». Por conseguinte, o Pontífice expressou os votos de que «o Senhor dê a todos nós esta alegria na esperança». E explicou que a paz é «o sinal que temos desta alegria na esperança». Em particular, os «doentes em fins de vida, com os seus sofrimentos» dão testemunho desta «paz na alma». Porque precisamente «a paz – concluiu o Papa – é a semente da alegria, é a alegria na esperança». 

EVANGELHO DO DIA 30 DE MAIO

Dia Litúrgico: Sexta-feira da Páscoa
Evangelho (Jo 16,20-23a): «Em verdade, em verdade, vos digo: chorareis e lamentareis, mas o mundo se alegrará. Ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria. A mulher, quando vai dar à luz, fica angustiada, porque chegou a sua hora. Mas depois que a criança nasceu, já não se lembra mais das dores, na alegria de um ser humano ter vindo ao mundo. Também vós agora sentis tristeza. Mas eu vos verei novamente, e o vosso coração se alegrará, e ninguém poderá tirar a vossa alegria. Naquele dia, não me perguntareis mais nada. Em verdade, em verdade, vos digo: se pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome, ele vos dará».
Comentário: Rev. D. Joaquim FONT i Gassol (Igualada, Barcelona, Espanha)
Mas a vossa tristeza se transformará em alegria
Hoje nós começamos a Novena do Espírito Santo. Revivendo o Cenáculo, vemos a Mãe de Jesus, Mãe do Bom Conselho, conversando com os Apóstolos. Que diálogo tão cordial e tão pleno! A recordação de todas as alegrias que tiveram ao lado do Mestre, os dias pascoais, a Ascenção e as promessas de Jesus. Os sofrimentos dos dias da Paixão se converteram em alegrias. Que belíssimo ambiente no Cenáculo! E quanta beleza está sendo preparada, como Jesus lhes prometeu.

Nós sabemos que Maria, Rainha dos Apóstolos, Esposa do Espírito Santo, Mãe da Igreja nascente, nos guia para receber os dons e os frutos do Espírito Santo. Os dons são como a vela desdobrada de uma embarcação e o vento —que representa a graça— está a seu favor: que rapidez e facilidade no caminho!

O Senhor nos promete também, em nossa rota, converter as fadigas em alegria: «ninguém poderá tirar a vossa alegria» (Jo 16, 22). E no Salmo 126,6: «Quando vai, vai chorando, levando a semente para plantar; mas quando volta, volta alegre, trazendo seus feixes».

Durante toda esta semana, a liturgia nos fala de rejuvenescer, de exultar (pular de alegria), da felicidade segura e eterna. Tudo nos leva a viver de oração. Como nos diz São Josemaria: «Quero que estejas sempre contente, porque a alegria é parte integrante de teu caminho. — Pede essa mesma alegria sobrenatural para todos».

O ser humano necessita sorrir para ter boa saúde física e espiritual. O humor sadio ensina a viver. São Paulo nos dirá: «Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus» (Rm 8, 28). Eis aqui uma boa jaculatória: «Tudo é para o bem!»; «Omnia in bonum!»

DOCUMENTO 104

1.4. A novidade do Reino

17. A pregação de Jesus atraía muita gente (cf. Mc 3,7- 8). Ao
seu redor, começou a nascer uma pequena comunidade
(cf. Mc 1,16- 20; 3,14). Ele convidou os discípulos e constituiu
os doze apóstolos para anunciarem o Reino de Deus.
Isso signifi cou uma nova proposta de vida que traduziria
os valores do Reino em que:
a) todos são irmãos e irmãs, ninguém deve aceitar o título
de mestre, nem de pai, nem de guia, pois “um só é vosso
Mestre e todos vós sois irmãos” (Mt 23,8);
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Comunidade de Comunidades: Uma nova Paróquia
b) há igualdade entre homem e mulher. Jesus muda o
relacionamento homem- mulher, pois tira o privi légio
do homem em relação à mulher (cf. Mt 19,7- 12).
As mulheres “seguem” Jesus desde a Galileia (cf. Mc
15,41; Lc 23,49). À samaritana, revelou ser o Messias
(cf. Jo 4,26). À Madalena apareceu, por pri meiro, depois
de ressuscitado e a enviou para anunciar a Boa- Nova aos
apóstolos (cf. Mc 16,9- 10; Jo 20,17);
c) há partilha dos bens; é um novo estilo de vida que Jesus
propõe. Na nova comunidade dos discípulos, ninguém
tinha nada de próprio (cf. Mc 10,28). Jesus não
tinha onde reclinar a cabeça (cf. Mt 8,20). Mas havia
uma caixa comum que era partilhada, tam bém, com os
pobres (cf. Jo 13,29). Nas viagens o discípulo deveria
confi ar no povo que o acolhesse e dependeria da partilha
que receberia (cf. Lc 10,7);
d) relacionam- se como amigos e não como empregados. A
comunhão deveria chegar ao ponto de não haver mais
segredo entre eles: “Já não vos chamo servos, , porque
o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu vos chamo
amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de
meu Pai” (Jo 15,15);
e) o poder é exercido como serviço. “Os reis das nações dominam
sobre elas e os que exercem o poder se fazem
chamar ben feitores. Pelo contrário, o maior entre vós
seja como o mais novo, e o que manda, como quem
está servindo” (Lc 22,25- 26). “Quem quiser ser o primeiro
entre vós se ja o escravo de todos” (Mc 10,44).
Jesus deu o exemplo (cf. Jo 13,15). “Não veio para ser
servido, mas para servir e dar a vida em resgate por
muitos” (Mt 20,28);
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Comunidade de Comunidades: Uma nova Paróquia
f) é dado o poder de perdoar e reconciliar. Esse poder foi
dado a Pedro (cf. Mt 16,19), aos apóstolos (cf. Jo 20,23)
e às comunidades (cf. Mt 18,18). O perdão de Deus
passa pela comunidade, que é lu gar de perdão e de
reconciliação e não de mútua condenação;
g) se faz a oração em comum. Eles iam juntos em romaria
ao Templo (cf. Jo 2,13; 7,14; 10,22- 23), re zavam antes
das refei ções (cf. Mc 6,41; Lc 24,30) e frequentavam as
sinagogas (cf. Lc 4, 16). Em grupos menores, Jesus se
retirava com eles para rezar (cf. Lc 9,28; Mt 26,36- 37);
h) se vive a Alegria. Jesus dizia aos discípulos: “Ficai
alegres porque vossos nomes estão es critos no céu”
(Lc 10,20), seus olhos veem a realização da promessa
(cf. Lc 10,23- 24), o Reino é de vocês! (cf. Lc 6,20). É a
alegria que convive com a dor e a perseguição (cf. Mt
5,11). Ninguém con segue roubá- la (cf. Jo 16,20- 22).
18. O Reino de Deus anunciado por Jesus é a expressão do
amor do Pai. É o dom de Deus que precisa ser acolhido
pela humanidade. Tal acolhida supõe novas relações entre
as pessoas, na comunidade e na sociedade.

Evangelii Gaudium

Desafios das culturas urbanas
71. A nova Jerusalém, a cidade santa (cf. Ap 21, 2-4), é a meta para onde peregrina toda a huma19
nidade. É interessante que a revelação nos diga que a plenitude da humanidade e da história se
realiza numa cidade. Precisamos de identificar a cidade a partir dum olhar contemplativo, isto é,
um olhar de fé que descubra Deus que habita nas suas casas, nas suas ruas, nas suas praças. A
presença de Deus acompanha a busca sincera que indivíduos e grupos efectuam para encontrar
apoio e sentido para a sua vida. Ele vive entre os citadinos promovendo a solidariedade, a fraternidade,
o desejo de bem, de verdade, de justiça. Esta presença não precisa de ser criada, mas
descoberta, desvendada. Deus não Se esconde de quantos O buscam com coração sincero, ainda
que o façam tacteando, de maneira imprecisa e incerta.
72. Na cidade, o elemento religioso é mediado por diferentes estilos de vida, por costumes ligados
a um sentido do tempo, do território e das relações que difere do estilo das populações rurais.
Na vida quotidiana, muitas vezes os citadinos lutam para sobreviver e, nesta luta, esconde-se
um sentido profundo da existência que habitualmente comporta também um profundo sentido
religioso. Precisamos de o contemplar para conseguirmos um diálogo parecido com o que o Senhor
teve com a Samaritana, junto do poço onde ela procurava saciar a sua sede (cf. Jo 4, 7-26).
73. Novas culturas continuam a formar-se nestas enormes geografias humanas onde o cristão já
não costuma ser promotor ou gerador de sentido, mas recebe delas outras linguagens, símbolos,
mensagens e paradigmas que oferecem novas orientações de vida, muitas vezes em contraste
com o Evangelho de Jesus. Uma cultura inédita palpita e está em elaboração na cidade. O Sínodo
constatou que as transformações destas grandes áreas e a cultura que exprimem são, hoje, um
lugar privilegiado da nova evangelização. Isto requer imaginar espaços de oração e de comunhão
com características inovadoras, mais atraentes e significativas para as populações urbanas. Os
ambientes rurais, devido à influência dos mass-media, não estão imunes destas transformações
culturais que também operam mudanças significativas nas suas formas de vida.
74. Torna-se necessária uma evangelização que ilumine os novos modos de se relacionar com
Deus, com os outros e com o ambiente, e que suscite os valores fundamentais. É necessário
chegar aonde são concebidas as novas histórias e paradigmas, alcançar com a Palavra de Jesus
os núcleos mais profundos da alma das cidades. Não se deve esquecer que a cidade é um âmbito
multicultural. Nas grandes cidades, pode observar-se uma trama em que grupos de pessoas
compartilham as mesmas formas de sonhar a vida e ilusões semelhantes, constituindo-se em
novos sectores humanos, em territórios culturais, em cidades invisíveis. Na realidade, convivem
variadas formas culturais, mas exercem muitas vezes práticas de segregação e violência. A Igreja
é chamada a ser servidora dum diálogo difícil. Enquanto há citadinos que conseguem os meios
adequados para o desenvolvimento da vida pessoal e familiar, muitíssimos são também os “nãocitadinos”,
os «meio-citadinos» ou os «resíduos urbanos». A cidade dá origem a uma espécie de
ambivalência permanente, porque, ao mesmo tempo que oferece aos seus habitantes infinitas
possibilidades, interpõe também numerosas dificuldades ao pleno desenvolvimento da vida de
muitos. Esta contradição provoca sofrimentos lancinantes. Em muitas partes do mundo, as cidades
são cenário de protestos em massa, onde milhares de habitantes reclamam liberdade, participação,
justiça e várias reivindicações que, se não forem adequadamente interpretadas, nem pela
força poderão ser silenciadas.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

PAPA FALA SOBRE DIVERSOS ASSUNTOS COM JORNALISTAS

Entrevista coletiva do Santo Padre durante o voo de regresso da Terra Santa (26 de maio de 2014)

PEREGRINAÇÃO DE SUA SANTIDADE O PAPA FRANCISCO À TERRA SANTA
POR OCASIÃO DO 50º ANIVERSÁRIO DO ENCONTRO EM JERUSALÉM ENTRE O PAPA PAULO VI E O PATRIARCA ATENÁGORAS
24-26 DE MAIO DE 2014
ENTREVISTA CONCEDIDA PELO SANTO PADRE AOS JORNALISTAS
DURANTE O VOO DE REGRESSO DA TERRA SANTA
Segunda-feira, 26 de Maio de 2014
(Padre Lombardi)
Antes de mais nada, agradecemos infinitamente ao Papa por estar aqui. Depois de uma viagem tão desgastante, está disponível para nos encontrar por isso, lhe estamos muito gratos. Organizamo-nos – eles, os agentes da informação, organizaram-se autonomamente – segundo alguns dos principais grupos linguísticos, que propõem algumas pessoas para fazer as perguntas. Eu não pus limites, porque sei que Vossa Santidade gosta de deixar trabalhar a todo campo, a não ser que o Santo Padre queira começar por dizer alguma coisa de introdução. Não! Passemos às perguntas. À primeira pergunta é feita pelo grupo italiano:
P.– Nestes dias, Vossa Santidade fez alguns gestos que ressoaram por todo o mundo: a mão no muro de Belém, o sinal da cruz, o beijo aos sobreviventes, hoje em Yad Vashem, mas também o beijo no Santo Sepulcro, ontem, dado conjunta e simultaneamente com Bartolomeu, e muitos outros. Queríamos perguntar-lhe se já tinha pensado e estavam na sua intenção todos estes gestos; se sim, porque é que os pensou e quais serão depois, segundo Vossa Santidade, as consequências destes gestos, para além – naturalmente – daquele grandíssimo gesto de ter convidado Peres e Abu Mazen para virem ao Vaticano…
R. – (Santo Padre)
Os gestos mais autênticos são aqueles que não se pensam, aqueles que nos surgem espontaneamente, não é? Eu pensei que se poderia fazer alguma coisa, mas o gesto concreto, não; nenhum destes foi pensado. Coisas há, como por exemplo o convite aos dois Presidentes para a oração, que se tinha pensado fazê-la lá, mas havia tantos problemas logísticos, tantos, porque eles devem ter em conta também o território onde se faz, e não era fácil. Por isso, andava-se a pensar numa reunião… no fim, surgiu este convite que espero se possa realizar. Enfim, aqueles gestos não estavam pensados... vieram-me espontaneamente. Para dizer a verdade, alguma vez pensei: «Ali poder-se-ia fazer qualquer coisa», mas o que fosse em concreto não me vinha. Assim, por exemplo, no Yad Vashem… nada; e depois veio.
(Padre Lombardi )
Agora a segunda pergunta, da parte do grupo de língua inglesa.
P.– Vossa Santidade falou com palavras muito duras contra o abuso sexual dos menores por parte do clero, dos sacerdotes. Criou uma comissão especial para enfrentar melhor este problema a nível da Igreja universal. Numa linha prática: sabemos já que, em todas as Igrejas locais, há normas que impõem como forte obrigação moral e, muitas vezes, legal a colaboração com as autoridades civis locais, ora de uma forma ora de outra. Que fará Vossa Santidade se houver um bispo que claramente não tenha honrado, não tenha observado estas obrigações?
R. – (Santo Padre)
Na Argentina, acerca dos privilegiados, dizemos: «Este é um filho de papá». Neste problema, não haverá filhos de papá. Neste momento, temos três bispos sob investigação: sob investigação, três; e um já foi condenado faltando apenas avaliar a pena a aplicar. Não há privilégios. Este abuso dos menores é um crime muito, muito bruto… Sabemos que é um problema grave por todo o lado, mas a mim interessa a Igreja. Um sacerdote que faz isto, trai o Corpo do Senhor, porque este sacerdote deve levar este menino, esta menina, este adolescente, esta adolescente à santidade; e este adolescente, esta menina confia… E ele, em vez de os levar à santidade, abusa deles. Isto é gravíssimo! É precisamente – só para dar uma comparação – como fazer uma Missa negra. Tu deves levá-lo à santidade, e acabas por o precipitar num problema que durará a vida inteira... Proximamente, em Santa Marta, haverá uma Missa com algumas pessoas que sofreram abusos e, depois, uma reunião com elas: eu e elas, com o Cardeal O'Malley, que é da Comissão. Sobre isto, há que continuar: tolerância zero.
(Padre Lombardi)
Muito obrigado, Santidade. E agora o grupo de língua espanhola.
P.– Desde o primeiro dia do seu pontificado, Vossa Santidade lançou esta mensagem forte de uma Igreja pobre e para os pobres, pobres em simplicidade, austeridade… Que quer fazer para que não existam contradições com esta mensagem de austeridade? .
R. – (Santo Padre)
Uma vez (está no Evangelho!), o Senhor Jesus disse aos seus discípulos: «É inevitável que haja escândalos…». Somos humanos, pecadores… todos. E haverá, haverá. O problema é evitar a sua proliferação. Na administração económica, honestidade e transparência. As duas comissões – uma que estudou o IOR e a comissão que estudou todo o Vaticano – redigiram as suas conclusões, apresentaram planos e agora, com o Ministério (por assim dizer!), com a Secretaria da Economia dirigida pelo Cardeal Pell, levar-se-ão por diante as reformas aconselhadas por estas comissões. Mas haverá incongruências, sempre as haverá, porque somos humanos, e a reforma deve ser contínua. Os Padres da Igreja diziam:Ecclesia semper reformanda. Devemos cuidar de reformar todos os dias a Igreja, porque somos pecadores, somos fracos e haverá problemas. A administração que esta Secretaria da Economia leva por diante ajudará muito a evitar os escândalos, os problemas... Por exemplo, no IOR, creio que foram fechadas até agora mais ou menos 1600 contas de pessoas que não tinham direito a ter uma conta no IOR. O IOR é para o auxílio à Igreja, têm direito os Bispos das dioceses, os trabalhadores do Vaticano, as suas viúvas ou viúvos para receberem a reforma... É para coisas assim. Mas não têm direito outras pessoas privadas... As Embaixadas, enquanto dura o serviço na Embaixada e nada mais. Não é uma coisa aberta. E isto é um bom serviço: fechar as contas que não têm direito. Eu gostaria de dizer uma coisa: na pergunta que fez, mencionou aquele negócio dos 15 milhões. É uma coisa ainda em estudo, não é clara. Talvez possa ser verdadeira, mas a decisão, neste momento, ainda não é definitiva; para sermos correctos, está em estudo. Obrigado.
(Padre Lombardi)
Agora damos a palavra ao grupo de língua francesa.
P.- Santo Padre, depois do Médio Oriente, voltamos agora para a Europa. Vossa Santidade está preocupado com o crescimento do populismo na Europa, que ainda ontem se manifestou nas eleições europeias?
R. - (Santo Padre)
Nestes dias, só tive tempo para rezar o Pai Nosso… Verdadeiramente não segui as notícias das eleições. Não tenho os dados: quem venceu, quem perdeu… Não segui as notícias. Populismo, em que sentido? Pode-me dizer?
P. - No sentido que hoje muitos europeus têm medo, pensam que não haja futuro na Europa. Há muito desemprego e o partido anti-europeu registou um forte crescimento nestas eleições…
R. – Este é um argumento de que ouvi falar: da Europa, da confiança ou desconfiança na Europa. Inclusive a propósito do euro, alguns querem voltar atrás... Destas coisas, não entendo muito. Mas o senhor disse uma palavra-chave: o desemprego. Este é grave. É grave, porque – eu interpreto assim, simplificando – estamos num sistema económico mundial, em que, no centro, está o dinheiro, não a pessoa humana. Num verdadeiro sistema económico, no centro devem estar o homem e a mulher, a pessoa humana. E hoje, no centro, está o dinheiro. Para se manter, para se equilibrar, este sistema deve ir em frente com algumas medidas «de descarto». E descartam-se as crianças – o nível de natalidade na Europa não é muito elevado! Creio que a Itália tem 1,2 por família; vós, em França, tendes 2… um pouco mais; a Espanha, menos do que a Itália: não sei se chega a 1… Descartam-se as crianças. Descartam-se os idosos: os velhos já não servem; conjunturalmente, neste momento, vão encontrá-los porque são reformados e precisam da sua reforma, mas é um facto conjuntural. Descartam-se os idosos, mesmo com situações de eutanásia escondida, em muitos países. Ou seja, os remédios são fornecidos até um certo ponto, e assim… E, neste momento, descartam-se os jovens… Isto é gravíssimo, é gravíssimo. Na Itália, creio que o desemprego juvenil atinge quase 40%, não tenho a certeza. Na Espanha, tenho a certeza que anda pelos 50%; e na Andaluzia, no sul da Espanha, 60! Isso significa que há toda uma geração de «nem… nem…»: nem estudam, nem trabalham. E isto é gravíssimo! Descarta-se uma geração de jovens. Para mim, esta cultura do descarte é gravíssima. Mas isto não sucede só na Europa, verifica-se um pouco por toda a parte; na Europa, sente-se forte. Faz-se a comparação com a cultura do bem-estar de há 10 anos. E isto é trágico. É um momento difícil. É um sistema económico desumano. Não tive medo de escrever na Exortação Evangelii gaudium: este sistema económico mata. E repito-o. Não sei se fui um pouco ao encontro da sua preocupação... Obrigado.
(Padre Lombardi)
Agora temos o grupo de língua portuguesa.
P. - Santidade, gostaria de lhe perguntar como resolver a «questão Jerusalém» para se obter uma paz, como disse, estável e duradoura? Obrigado.
R. - ( Santo Padre )
Há muitas propostas sobre a questão de Jerusalém. A Igreja Católica – o Vaticano, digamos – tem a sua posição do ponto de vista religioso: será a Cidade da Paz das três religiões. Isto, do ponto de vista religioso. As medidas concretas para a paz devem resultar das negociações. Tem que se tratar. Concordarei que das negociações talvez possa sair este ponto: será capital de um Estado, de outro... Mas não passa de hipóteses. Eu não digo: «Deve ser assim»; são hipóteses que eles devem negociar. Verdadeiramente, não me sinto competente para dizer: «Faça-se isto, aquilo ou aqueloutro», porque seria uma loucura da minha parte. Mas creio que se deve entrar, com honestidade, fraternidade, confiança mútua, no caminho das negociações. E aí trata-se de tudo: todo o território, incluindo as relações. É preciso coragem para fazer isso, e peço muito ao Senhor que estes dois Líderes, estes dois Governos tenham a coragem de seguir em frente. Este é o único caminho para a paz. Digo apenas aquilo que a Igreja deve dizer e que sempre disse: Que Jerusalém seja preservada como capital das três religiões, como referência, como uma cidade de paz – estava para dizer a palavra «sagrada», mas não é correcta – cidade de paz e religiosa.
(Padre Lombardi)
Obrigado, Santidade. Agora pedimos que venha o representante de língua alemã.
P. - Obrigado, Santidade. Durante a sua peregrinação, falou longamente e encontrou várias vezes o Patriarca Bartolomeu. Perguntávamo-nos se teríeis também falado dos passos concretos de aproximação, e se houve ocasião para falar também dum ponto concreto: refiro-me aos padres casados, uma questão premente para muitos católicos, na Alemanha. Pergunto-me se a Igreja Católica não poderá aprender algo das Igrejas ortodoxas. Obrigado.
R. – (Santo Padre)
A Igreja Católica já tem padres casados​​, não tem? Os católicos gregos, os católicos coptas... No rito oriental, existem padres casados​​. Porque o celibato não é um dogma de fé; é uma regra de vida que eu aprecio muito e creio que seja um dom para a Igreja. Não sendo um dogma de fé, sempre temos a porta aberta: neste momento, não temos em programa falar disso, pelo menos para já. Temos coisas mais importantes a abordar. Com Bartolomeu, este tema não foi tocado, porque é deveras secundário nas relações com os ortodoxos. Falámos da unidade: a unidade que faz ao longo da estrada, a unidade é um caminho. Não poderemos jamais fazer a unidade num congresso de teologia. E ele disse-me que era verdade aquilo que eu sabia, ou seja, que Atenágoras disse ao Papa Paulo VI: «Nós caminhamos juntos, em paz… e todos os teólogos metemo-los numa ilha para que discutam entre eles, nós caminhamos na vida». É verdade, eu pensava que sim... Mas seria verdade ou não? É verdade: disse-mo nestes dias Bartolomeu. Caminhar juntos, rezar juntos, trabalhar juntos em tantas coisas que podemos fazer juntos, ajudar-nos conjuntamente. Por exemplo, com as igrejas. Em Roma, e em muitas outras cidades,os ortodoxos usam igrejas católicas ora num horário ora noutro; é uma ajuda neste caminhar juntos. Outra coisa de que falámos – e talvez se faça alguma coisa no Conselho Pan-Ortodoxo – foi a data da Páscoa, porque é um pouco ridículo: - Diz-me, o teu Cristo quando ressuscita? - Na próxima semana. – O meu ressuscitou na passada… Sim, a data da Páscoa é um sinal de unidade. E, com Bartolomeu, falámos como irmãos. Queremo-nos bem, falámos das dificuldades do nosso governo. E uma coisa de que falámos bastante foi o problema da ecologia: ele está muito preocupado, e eu também; falamos bastante de fazermos um trabalho conjunto sobre este problema. Obrigado.
(Padre Lombardi)
Uma vez que não somos apenas europeus ou americanos e assim por diante, mas também asiáticos, agora será feita uma pergunta pelo representante do grupo asiático, até porque Vossa Santidade se está preparando também para fazer viagens à Ásia.
P. - A sua próxima viagem será à Coreia do Sul e por isso a pergunta que gostaria de lhe fazer é a propósito das regiões asiáticas. Em países vizinhos à Coreia do Sul, não há liberdade de religião nem liberdade de expressão. Que pensa fazer em favor das pessoas que sofrem por causa destas situações?
R. – (Santo Padre)
Relativamente à Ásia, estão programadas duas viagens: esta à Coreia do Sul, para o encontro dos jovens asiáticos, e depois, no próximo mês de Janeiro, uma viagem de dois dias ao Sri Lanka e, em seguida, às Filipinas, na área que sofreu o tifão. O problema da negação da liberdade de praticar a religião não existe apenas em alguns países asiáticos – em alguns, sim! –, mas também noutros países do mundo. A liberdade religiosa é uma realidade que nem todos os países têm. Alguns mantêm um controlo mais ou menos ligeiro, tranquilo; outros adoptam medidas que acabam numa verdadeira perseguição dos crentes. Há mártires! Há mártires, hoje; mártires cristãos. Católicos e não-católicos, mas mártires. Nalguns lugares, não se pode trazer o crucifixo, ou não podes ter uma Bíblia. Não podes ensinar o catecismo às crianças, hoje! Eu creio – e acho que não me engano – que, neste tempo, há mais mártires do que nos primeiros tempos da Igreja. Devemos aproximar-nos, em alguns lugares com prudência, para ir ajudá-los; devemos rezar muito por estas Igrejas que sofrem: sofrem tanto! E também os bispos, a própria Santa Sé trabalha com discrição para ajudar estes países, os cristãos destes países. Mas não é fácil. Por exemplo, vou dizer-te uma coisa. Num determinado país, é proibido rezar juntos; é proibido! Mas os cristãos que lá se encontram querem celebrar a Eucaristia! E há um tal, operário de profissão, que é sacerdote. Ele vai lá; põem-se à mesa, fingindo que tomam o chá e celebram a Eucaristia. Se chega a polícia, escondem imediatamente os livros e estão a tomar o chá. Isto acontece hoje. Não é fácil.
(Pe. Lombardi)
Retomamos a série, com o grupo de língua italiana.
P.- Santidade, no seu pontificado enfrenta uma grande quantidade de compromissos e fá-lo mesmo de forma muito intensa, como vimos nestes dias. Se amanhã, digamos um amanhã muito distante, sentisse que já não tinha a força para reger o seu ministério, pensa que faria a mesma escolha do seu antecessor, isto é, que deixaria o pontificado?
R. – (Santo Padre)
Eu farei aquilo que o Senhor me disser para fazer. Rezarei, buscarei a vontade de Deus. Mas eu creio que Bento XVI não é um caso único. Deu-se conta de que não tinha as forças necessárias e, honestamente – é um homem de fé, tão humilde –, tomou esta decisão. Eu creio que ele represente uma instituição. Há 70 anos, os bispos eméritos quase não existiam. E agora, há tantos. Que vai suceder com os Papas eméritos? Eu creio que devemos olhar para ele como para uma instituição. Ele abriu uma porta, a porta dos Papas eméritos. Haverá outros, ou não? Deus o sabe. Mas esta porta está aberta: eu creio que um Bispo de Roma, um Papa que sente que lhe faltam as forças – porque agora se vive muito tempo – deve colocar-se as mesmas perguntas que se pôs o Papa Bento.
(Padre Lombardi)
Agora voltamos ao grupo de língua inglesa.
P.- Santo Padre, hoje mesmo encontrou um grupo de sobreviventes do Holocausto. Obviamente, Vossa Santidade sabe bem que uma figura que ainda suscita perplexidades pelo seu papel durante o Holocausto é o seu predecessor Papa Pio XII. Vossa Santidade, antes do seu pontificado, escreveu ou disse que estimava Pio XII, mas, antes de chegar a uma conclusão definitiva, queria verificar também nos arquivos abertos. Por isso, gostaríamos de saber se tem intenção de avançar com a causa de Pio XII ou esperar mais algum ponto de viragem no processo antes de tomar uma decisão? Obrigado.
R. - ( Santo Padre )
Obrigado ao senhor. A causa de Pio XII está aberta. Informei-me: ainda não há qualquer milagre e, se não houver milagres, não pode avançar. Está parada naquele ponto. Devemos esperar, ver como evolui a realidade daquela causa e, depois, pensar nas decisões a tomar. Mas a verdade é esta: não há nenhum milagre, e é preciso pelo menos um para a beatificação. Assim está hoje a causa de Pio XII. E eu não posso pensar: «Fá-lo-ei Beato ou não?», porque o processo é lento. Obrigado.
(Padre Lombardi)
Agora passamos à Argentina… com outra pergunta do grupo de língua espanhola.
P.- Vossa Santidade tornou-se um líder espiritual, mesmo um líder político, e está despertando muitas expectativas tanto dentro da Igreja como na comunidade internacional. Dentro da Igreja, por exemplo, que acontecerá com a comunhão para os divorciados que voltaram a casar; e, na comunidade internacional, esta mediação, com que surpreendeu o mundo, propondo este encontro no Vaticano... A pergunta: Não teme um fracasso, gerando muitas expectativas? Não teme que possa haver algum fracasso? Obrigado.
R. – (Santo Padre)
Primeiro, farei um esclarecimento sobre este encontro no Vaticano: será um encontro de oração, e não para fazer uma mediação ou procurar soluções. Não é para isso. Reunir-nos-emos apenas a rezar; e, depois, cada qual volta para casa. Mas eu creio que a oração seja importante: rezar juntos, sem fazer discussões de outro género, ajuda. Talvez, antes, não me tenha explicado bem como seria. Será um encontro de oração: estará presente um rabino, estará presente um muçulmano e estarei eu. Pedi ao Custódio da Terra Santa para organizar um pouco as coisas práticas. Em segundo lugar, agradeço a pergunta sobre os divorciados. O Sínodo será sobre a família, sobre o problema da família, sobre as riquezas da família, sobre a situação actual da família. A exposição preliminar feita pelo Cardeal Kasper tinha cinco capítulos: quatro sobre a família, as coisas belas da família, o fundamento teológico, algumas problemáticas familiares; e o quinto capítulo, o problema pastoral das separações, das nulidades matrimoniais, os divorciados... Neste problema, insere-se o da comunhão. E eu não gostei do que tantas pessoas – mesmo de Igreja, padres - disseram: «Ah, o Sínodo para dar a comunhão aos divorciados», e fixaram-se precisamente ali, naquele ponto. Senti aquilo como se tudo se reduzisse a uma casística. E não, a realidade é muito mais ampla. Hoje – todos o sabemos – a família está em crise: uma crise mundial. Os jovens não se querem casar: ou não casam ou convivem. O matrimónio está em crise e, de igual modo, a família. E eu não queria que caíssemos nesta casística: poder-se-á ou não? Por isso, muito lhe agradeço esta pergunta, que me dá oportunidade para esclarecer isto. O problema pastoral da família é muito, muito amplo, muito amplo. E há que estudar caso a caso. Há uma coisa que o Papa Bento XVI disse três vezes – uma vez, no Vale d'Aosta, outra em Milão e a terceira no Consistório, o último Consistório público que ele fez para a criação dos Cardeais – sobre os divorciados e que a mim me ajuda muito: estudar os procedimentos de nulidade matrimonial; estudar a fé com que uma pessoa vai para o matrimónio e deixar claro que os divorciados não são excomungados, e muitas vezes são tratados como excomungados. E esta é uma coisa séria. Isto a propósito da casística deste problema… mas o Sínodo será sobre a família: as riquezas, os problemas da família. Soluções, nulidade, tudo isso. E haverá também este problema, mas no conjunto. Agora eu queria dizer-lhe o porquê de um Sínodo sobre a família: esta foi para mim uma experiência espiritual muito forte. No segundo mês de pontificado, veio ter comigo Mons. Eterovic, então Secretário do Sínodo, com os três temas que o Conselho pós-sinodal propunha para o próximo Sínodo. O primeiro era muito forte, bom: a contribuição de Jesus Cristo para o homem de hoje. Este era o título. Aparecia na continuação do Sínodo da Evangelização. Eu disse que sim, falámos um pouco sobre a reforma da metodologia e, no fim, sugeri: «Coloquemos algo mais: a contribuição de Jesus Cristo para o homem de hoje e para a família». Assim está bem. Depois, na primeira reunião do Conselho pós-sinodal, fui e vi que se dizia o título inteiro, completo, mas lentamente dizia-se: «Sim, sim, a contribuição para a família», «que traz Jesus Cristo para a família»… e, sem se dar conta, a comissão pós-sinodal acabou falando da família. Tenho a certeza que foi o Espírito do Senhor que nos guiou até à escolha deste título; tenho a certeza, porque hoje, verdadeiramente, a família tem necessidade de muita ajuda pastoral. Obrigado.
(Padre Lombardi)
Agora temos ainda o grupo francês.
P.- Pode-nos dizer, Santidade, quais são os obstáculos à sua reforma da Cúria Romana e a que ponto estamos hoje?
R. - (Santo Padre)
Mas… o primeiro obstáculo sou eu… Estamos a bom ponto, porque – não me recordo a data – mas creio que três meses ou por aí depois da eleição foi nomeado o Conselho dos oito Cardeais …um mês depois da eleição. Ora bem, nos primeiros dias de Julho, reunimo-nos pela primeira vez e desde então está-se a trabalhar. Que faz o Conselho? O Conselho estuda toda a Constituição Pastor Bonus e a Cúria Romana. Fez consultas no mundo inteiro, em toda a Cúria e começa a estudar algumas coisas: «Isto pode-se fazer deste modo, aquilo daquele modo…». Por exemplo, juntar alguns dicastérios para tornar mais leve um pouco a organização... Um dos pontos-chave foi o económico, e o dicastério da economia ajudará muito. Deve trabalhar em conjunto com a Secretaria de Estado, porque as coisas estão interligadas, trabalham todos juntos... Agora teremos, em Julho, quatro dias de trabalho com esta comissão e depois, em Setembro – creio! –, outros quatro. Trabalha-se, trabalha-se bastante. E os resultados não se vêem ainda todos; a parte económica foi aquela que saiu a público primeiro porque havia alguns problemas de que a imprensa falou bastante, e tínhamos de os ver. Quanto aos obstáculos, são os normais de todo o processo. Estudar o caminho... A persuasão é muito importante. Um trabalho de persuasão, de ajuda… Há algumas pessoas que não vêem isto claramente, mas toda a reforma comporta estas coisas. Eu estou contente. Trabalhou-se bastante e esta Comissão ajuda-nos muito. Obrigado.
(Padre Lombardi)
Santidade, obrigado pela sua disponibilidade. Desculpe se interrompo a sua conversa: foi generosíssimo, sobretudo depois de uma viagem extraordinária que nos emocionou a todos… Não digo tanto como a Vossa Santidade, mas quase. Acompanhamos intensamente também os momentos de emoção espiritual que Vossa Santidade viveu nos Lugares Santos: sentimo-la e tocou-nos. Desejamos que continue bem esta viagem e essa infinidade de coisas que põe continuamente em movimento, particularmente este encontro de oração, que é a continuação natural e o acabamento desta viagem: que possa dar os frutos que Vossa Santidade deseja e todos – creio! – desejamos para a paz no mundo. De coração obrigado, Santidade.
(Santo Padre )
Agradeço-vos imenso pela companhia, pela benevolência... e, por favor, peço-vos que rezeis por mim. Preciso bastante! Obrigado.