Natal 1404: "Vimos a Estrela"
O tempo de Natal é a uma caminhada à procura de Jesus.
Com a festa da EPIFANIA,
que hoje celebramos,
concluímos esse tempo, lembrando
a procura e o encontro de Jesus pelos Magos,
que representam todos os povos e nações.
A palavra "Epifania" significa: Manifestação
de Deus aos homens.
A Liturgia desse domingo leva-nos à manifestação de Jesus.
Ele é uma "Luz", que se acende na noite do mundo e
ilumina os caminhos dos homens, conduzindo-os ao encontro da
Salvação.
A 1a Leitura anuncia
a chegada da Luz salvadora do Senhor,
que transfigurará Jerusalém e atrairá a ela povos de todo o
mundo. (Is 60,1-6)
* Esta Jerusalém nova representa a Igreja, comunidade dos
que
aderiram a Jesus e
acolheram a Luz salvadora que ele veio trazer.
A 2ª Leitura apresenta o
projeto salvador de Deus, como uma realidade
que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos,
numa mesma comunidade de irmãos, a comunidade de Jesus. (Ef 3,2-3a.5-6)
No Evangelho vemos a
concretização da promessa da 1ª leitura. (Mt 2,1-12)
Guiados pela LUZ da Estrela, os Magos procuram com esperança
o Messias até encontrar, reconhecem nele a "Salvação de
Deus"
e o aceitam como "Senhor".
"Salvação" rejeitada pelo seu povo e agora
oferecida a todos os povos.
+ A narrativa, exclusiva de Mateus, tornou-se muito
conhecida e popular...
No entanto, não é uma
reportagem jornalística,
mas uma CATEQUESE sobre Jesus e sua
Missão.
- A ESTRELA,
inventada por Mateus, não é um astro no céu,
mas a pessoa de Jesus.
Ele é a "Luz" anunciada pelos profetas.
- Os MAGOS
representam os povos estrangeiros, que vão ao encontro
de Jesus e se deixam
guiar pela sua mensagem de paz e de amor.
São imagem da
Igreja, formada de todos os povos que aderem a Jesus
e o reconhecem como
o seu "Senhor".
- Intenção de
Mateus era apresentar Jesus como o novo Moisés...
o ungido de Deus,
recusado pelos judeus e aceito pelos pagãos,
que formarão o novo
Israel, o novo povo de Deus: a Igreja.
+ ATITUDES diante dessa estrela:
- ADORAÇÃO: os Magos viram a "estrela",
deixaram tudo
e puseram-se a
caminho para descobrir Jesus e adorá-lo.
Os Magos representam
todos os povos não judeus,
agora associados à
História da Salvação.
- INDIFERENÇA: Os
Sacerdotes
o conheciam bem nas Escrituras.
Sabiam até o lugar onde deveria
nascer, mas não perceberam
o sinal de sua chegada, nem se
preocuparam de ir ao seu encontro.
Estavam muito
seguros de sua sabedoria...
e por isso não
tiveram a alegria de encontrar e adorar o Salvador.
- REJEIÇÃO: Herodes
tentou até apagar esta Luz.
Simboliza os grandes
desse mundo, que temem a sua chegada.
Poderia roubar-lhe o
trono.
+ Todos viram a mesma realidade: um
menino recém-nascido,
mas as opções
foram e são diferentes...
Com quem nos assemelhamos?
- Com os Magos, atentos aos sinais, capazes de ler os
acontecimentos
de nossa vida e a
história do mundo à luz de Deus?
- Com os Sacerdotes, orgulhosos de seu saber, mas
acomodados?
- Com Herodes, que procura matar o menino?
Um caminho a seguir à procura de Deus...
O itinerário seguido pelos magos reflete o processo
que os pagãos seguiram para encontrar Jesus:
- Estão atentos aos sinais (estrela),
- percebem que Jesus traz a Salvação,
- põem-se a caminho para o encontrar...
- perguntam aos judeus, que conhecem as Escrituras, o que
fazer,
- encontram Jesus e o adoram;
oferecem "seus
tesouros" (seu coração) e
voltam por outro
"Caminho", oposto aos interesses de Herodes.
* Nesse relato, descobrimos as etapas
do nosso caminho à procura
de Jesus:
- Sensibilidade em
distinguir os sinais de Deus…
- Generosidade em
aceitar o convite: "Viram a estrela
e vieram adorá-lo".
- Eles
não perderam a esperança na incompreensão dos contemporâneos…
nem diante
das dificuldades da longa caminhada…
da
ignorância e maldade de Herodes…
ou ambiente rústico em que encontraram o
menino, Rei dos judeus.
Se olharmos o mundo e os homens com os olhos da fé…
tudo será uma manifestação e presença de Deus… uma perene
Epifania...
+ Os magos não se apresentaram de mãos
vazias…
Ofereceram o que
tinham de melhor... E nós, o que temos a oferecer?
Um pouco de nosso
tempo, fidelidade da nossa fé, perdão, justiça,
honestidade,
fraternidade?...
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 05.01.2014
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