Evangelho de Lucas 18,9-14
Naquele tempo, 9Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: 10“Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. 11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda’.
13O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’ 14Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado”.
Pequena Reflexão - Por Frei Alberto Pegoraro
Estamos diante de mais uma parábola. Jesus conta essa parábola colocando-a no centro da vivência religiosa dos judeus e de modo especial dos fariseus que se consideravam perfeitos diante de Deus e mais ainda diante dos outros homens. O evangelho mostra alguém que gosta de si mesmo e se auto admira a ponto de não só elevar-se mostrando suas qualidades como também se comparar aos outros. Por outro lado encontramos um cobrador de impostos, um Publicano, considerado impuro pelos seus próprios compatriotas por se vender ao Império Romano cobrando impostos dos próprios irmãos, porém, diante de Deus na sua oração ele reconhece-se pecador e pedia insistentemente piedade de Deus. Ha uma diferença entre os dois : Um parece ser tão completo e perfeito que na sua oração da a impressão de não precisar de Deus e o outro na sua complexidade de vida vivida a partir de criticas reconhece seus pecados, devedor, e necessitado da misericórdia. Os caminhos são opostos e nos ensina na quaresma que a humildade é uma qualidade desde que seja verdadeira
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